Praticar esportes em grandes altitudes impõe desafios únicos ao corpo humano. De acordo com Gilmara Tomadoce, devido à redução da pressão atmosférica e a menor disponibilidade de oxigênio, o corpo precisa ajustar sua estrutura fisiológica. Essas mudanças afetam diretamente a resistência, força e a recuperação desses indivíduos. Quer saber qual é a importância dessas adaptações para o desenvolvimento atlético? Então continue lendo!
O que acontece com o corpo quando submetido a grandes altitudes?
Em altitudes elevadas, a principal mudança fisiológica ocorre na captação de oxigênio. Com menos oxigênio disponível no ar, o organismo responde aumentando a frequência respiratória e os batimentos cardíacos. Conforme explica a Dra. Gilmara Tomadoce, esse processo visa compensar a menor oferta de oxigênio aos tecidos, garantindo que os músculos recebam o necessário para sustentar a atividade física.
Além disso, a longo prazo, o corpo ativa mecanismos de adaptação mais duradouros. A produção de eritropoietina (EPO) aumenta, estimulando a formação de mais glóbulos vermelhos, o que melhora o transporte de oxigênio no sangue. Essas mudanças são fundamentais para melhorar o desempenho em altitudes elevadas e minimizar os impactos negativos da hipóxia.
Como o treinamento em altitude melhora o desempenho esportivo?
O treinamento em altitude é utilizado por atletas de diversas modalidades para melhorar a eficiência do transporte de oxigênio. A exposição prolongada a esse ambiente estimula a produção de hemoglobina e glóbulos vermelhos, resultando em uma melhora na resistência aeróbica. Quando o atleta retorna ao nível do mar, ele pode aproveitar essa vantagem por um período, tendo um melhor desempenho em provas de longa duração.
Contudo, como pontua a fisioterapeuta Gilmara Tomadoce, treinar em altitude requer planejamento adequado para evitar efeitos adversos, como fadiga excessiva e menor capacidade de recuperação. Alguns atletas utilizam a estratégia de “dormir alto e treinar baixo”, que consiste em viver em altitudes elevadas para obter os benefícios fisiológicos, mas treinar em altitudes mais baixas para manter a intensidade dos exercícios.
Quais são os riscos e desafios da prática esportiva em altitude?
Embora essa prática possa ser vantajosa, competir ou treinar em grandes altitudes pode levar a desafios como o mal da montanha, que causa dores de cabeça, tontura e náusea. Isso ocorre porque o corpo ainda não se adaptou completamente à menor disponibilidade de oxigênio, o que pode comprometer o rendimento do atleta. Em casos mais graves, podem surgir complicações como edema pulmonar ou cerebral de altitude, exigindo atenção médica imediata.
Outro desafio é a redução da capacidade de recuperação muscular. Como comenta Gilmara Tomadoce, o menor aporte de oxigênio pode dificultar a regeneração dos músculos após o esforço intenso, aumentando o risco de lesões. Para minimizar esses efeitos, os atletas devem seguir um processo gradual de aclimatação, garantindo que o corpo tenha tempo suficiente para se adaptar sem comprometer a saúde e o desempenho.
Desse modo, como alude a Dra. Gilmara Tomadoce, a prática esportiva em altitude exige adaptações fisiológicas significativas para lidar com a menor disponibilidade de oxigênio. O treinamento adequado pode proporcionar benefícios, como maior resistência aeróbica, mas também traz desafios, incluindo o risco de fadiga e doenças relacionadas à altitude. Com uma abordagem bem planejada, os atletas podem aproveitar as vantagens do treinamento em grandes altitudes e melhorar seu desempenho em competições.